Em tempos de isolamento, viver a própria intimidade tem se tornado cada vez mais urgente. Estar em casa, lidar com a existência, diante das angústias e preocupações, é reflexão quase que diária em tempos de crise.
O registro documental “Fernando”, de 2017, apresenta a naturalidade de um cotidiano que pode ser potente e natural, em que ações como deitar-se ao lado do marido, lavar a louça, dividir tarefas e pertencer ao próprio espaço dizem muito sobre saber quem se é.
Um olhar leve e descontraído para a vida do artista Fernando Bohrer, na época com 74 anos, ator e professor da Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
O filme, em carácter observacional e sem muitos cortes, diz muito sobre afeto, amor e resistência. Representa, ainda mais, a paixão de usar arte e voz como ferramentas de transformação, ainda que alguns queiram abafar essas poderosas armas da educação.
“Fernando”, dirigido pelo trio Igor Angelkorte, Julia Ariani e Paula Vilela, está disponível nas plataformas de on demand NoW e Vivo Play.