Em uma isolada casa grande fundada por uma elite escravocrata, instala-se um retiro de crossdressers. Nela homens vestem-se de uma realidade glamorosa e delirante, distante dos anos de chumbo da ditadura militar no Brasil dos anos 70. As mentiras contadas nessa liberdade forjada começam a ruir quando inevitavelmente o establishment se infiltra na casa, rompendo a fronteira das maquiagens e de todos os artifícios de distração da fatalidade.
O filme é um convite ao universo crossdresser dos glamourosos anos 70, em uma atmosfera thriller que se dá por meio da opressão onipresente da ditadura brasileira da época. Em um retiro de interior chamado Casa Izabel – uma enorme casa grande, herança escravocrata do Brasil Colônia – homens vivem uma liberdade não permitida na época à custa de suas próprias vidas. O racismo estrutural, a violência patriarcal, a paranóia estatal e a emergência dos corpos não conformados se faz presente.
O mistério, presente da primeira à última sequência da obra, é permeado por abusos e crimes, externos e internos à Casa, de modo que adentramos em um ambiente que se apresenta ao mesmo tempo aprazível e perigoso. O thriller se desenvolve a partir de um único dia na vida destas personagens: da cliente novata que decidiu explorar sua própria expressão de gênero e que nos acompanha porta adentro da Casa Izabel, à empregada negra, sobrinha da governanta do lugar, que se empodera durante a narrativa e assume seu lado de não submissão ao final.
Conhecemos estes homens que se vestem de mulheres, crossdressers, que trazem consigo o machismo, o racismo, o patriarcado, a hierarquia, e outros mecanismos da sociedade brasileira da época, marcada pela violência da ditadura. Militares que jamais permitiram sequer a discussão pública sobre gênero, em clima de afetos e amenidades, enquanto o Brasil pega fogo lá fora. Espiões, prisioneiros, militantes, guerrilheiros: a guerra civil que se alastra e que transforma a antiga Casa em barril de pólvora prestes a explodir.
Gil Baroni – Diretor
Poderosa alegoria sobre hipocrisia e poder no Brasil de ontem e hoje.
A Equipe Que Fez Tudo Acontecer
Elenco Jorge Neto, Laura Haddad, Luís Melo, Andrei Moscheto, Sidy Correa, Zeca Cenovicz, Luiz Carlos Pazello, Otavio Linhares, Jeferson Ulbrich, Fábio Silvestre Produção Andréa Tomeleri, Laura Haddad Co-produção Fábio S. Thibes Direção de Produção Andréa Tomeleri, Nelson Settanni Produção de Elenco Laura Haddad Produção Executiva Andréa Tomeleri, Gil Baroni Roteiro Luiz Bertazzo Direção Gil Baroni Assistência de Direção Louise Fiedler Direção de Fotografia Renato Ogata Direção de Arte Laís Melo Figurino Igor Urban Maquiagem e Cabelo Anna Schoemberger Montagem Pedro Giongo Som Direto Lucas Maffini Edição de Som Carmen Agulham Mixagem Felipe Debiasio Efeitos Visuais Nyck Maftum, Thamires Trindade Correção de Cor e Finalização Lucas Kosinski Produção de Locação Bruno Costa Still Leticia Futata Still de Arte Giuliano Robert
A gênese de “Casa Izabel” é tão fascinante quanto seu enredo.
Fotografia Still
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