3 filmes coreanos na Netflix

Não é novidade que nadamos em um mar de diversas opções de entretenimento, algo que ficou ainda mais em evidência neste período de quarentena, e que muitas vezes gastamos tempo demais escolhendo o que vamos assistir e menos tempo aproveitando o que quer que tenhamos escolhido. Para diminuir esse tempo de escolha e facilitar a sua vida, irei indicar toda sexta-feira 3 opções de filmes/ séries com temas específicos.

Vamos começar falando de cinema sul-coreano:

Podemos “culpar” o filme Oldboy (2003) por ter iniciado no ocidente essa nova leva de diversos filmes sul-coreanos lançados desde então e que, mesmo atraindo um público considerável, acabavam quase sempre destinados às salas de arte. Tudo isso mudou com Parasita (2019), que começou sua jornada vencendo a Palma de Ouro em Cannes no ano passado, e culminou com várias estatuetas da academia este ano, incluindo a de melhor filme.

Mas será que essa vitória pode ser atribuída apenas à qualidade dos filmes? A resposta é não. 

Essa nova onda também acompanha o fenômeno da música k-pop e faz parte da chamada “hallyu”, que poderia ser traduzida como “onda coreana”, e que é resultado de um investimento enorme na indústria cultural do país. Assim como aconteceu com Hollywood e Bollywood, agora temos também uma Hallyuwood, e ela não dá sinais de enfraquecer tão cedo.

Aproveitando esse tsunami cultural sul-coreano, deixo aqui três títulos disponíveis na Netflix:

 

A Gripe (Sung-su Kim, 2013)

Um filme relativamente desconhecido por aqui, mas que ganhou destaque nos últimos meses pelo interesse em filmes que tratam de epidemias.

Desviando um pouco da seriedade de produções como Epidemia (1995) e Contágio (2011), A Gripe se passa em Bundang, no subúrbio de Seul, e acompanha os efeitos de uma gripe aviária nível hardcore.

Utilizando elementos comuns ao cinema-catástrofe, e misturando doses certas de drama, ação e comédia, o filme aproveita para dar alfinetadas no imperialismo norte-americano, e se mostra um entretenimento acima da média.

 

Tempo de Caça (Sung-hyun Yoon, 2020)

Numa Coreia levemente distópica e em crise, 4 amigos decidem arranjar dinheiro cometendo um grande roubo, sem imaginar as consequências violentas que os acompanhariam até o fim.

Uma mistura de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998) e Onde os Fracos Não Têm Vez (2007), este thriller se beneficia de uma construção absurda de tensão e medo palpável, mas desacelera em seu terceiro ato, perdendo um pouco de sua força no final.

Ainda assim, existe uma boa construção de personagens, e a crescente tensão que sentimos vem dessa construção, que faz com que nos importemos com o destino daquelas pessoas. Recomendo assistir num dia calminho.

 

O Gosto da Vingança (Jee-woon Kim, 2005)

Provavelmente o mais elogiado dentre os três, O Gosto da Vingança se utiliza de um dos temas mais comuns no cinema sul-coreano, a vingança, para entregar uma coreografia de violência e sangue como só eles sabem fazer.

Trabalhando para uma organização criminosa há 7 anos como um “solucionador”, Sun-woo (o ótimo Byung-hun Lee) se vê traído e parte para a porrada. 

Apesar da trama simples, o diretor faz milagres com ótimas cenas de ação (que curiosamente quase não possuem armas de fogo) e um olho muito bom para composição de quadros.

A nível de curiosidade, a tradução do título original “Dalkomhan Insaeng” seria algo como “A Doce Vida”, em referência ao clássico de Fellini.

 

Semana que vem nos encontramos novamente, com mais uma trinca de indicações para curtir em casa.

Conta para mim: qual seu filme sul-coreano favorito?

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